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Tumor no olho de criança tem cura e dá sinais claros – Fique atento e procure ajuda rapidamente
O tumor ocular infantil é 100% curável, mas ainda mata e causa cegueira no Brasil, quando não é diagnosticado a tempo e tratado corretamente. A campanha da TUCCA de alerta sobre a doença dura todo o mês de Setembro e convida pais, cuidadores e pediatras a prestarem atenção aos olhos das crianças, especialmente aquelas com idade entre zero e cinco anos, a faixa etária em que a doença é mais frequente.
Dia 19 de Setembro, às 19h30, o Cristo Redentor será apagado pelo 11º ano. A ação, que conta com o apoio do Santuário Cristo Redentor, terá também uma apresentação do Coro Maré do Amanhã. No mesmo horário, a Sala São Paulo, na capital paulista, também ficará às escuras. É o sinal de largada da campanha da TUCCA de conscientização sobre o retinoblastoma, que será apresentada durante evento aos pés do Cristo, no Rio, com o mote: “Olhinho diferente, pediatra urgente”.
Dessa vez, o Cristo vai vestir a camiseta da TUCCA antes de ficar no escuro. A alusão à cegueira é um alerta sobre o retinoblastoma, um tumor maligno que se desenvolve na retina, o câncer infantil mais frequente.
A campanha foi criada pela 18 Comunicação, com a coordenação de Marcelo Prista da Meet, Jingle Panela, MovieArt e direção de Ioram Finguerman. Tem o patrocínio da Oncoclínicas e apoio da Natus.
Dia 18 de Setembro é o dia oficial da campanha de conscientização sobre a doença, porém durante todo o mês de Setembro esse assunto está em pauta. O retinoblastoma tem maior incidência entre crianças de zero a cinco anos, sendo 90% dos casos abaixo dos 4 anos de idade e 40%, hereditários. No Brasil, são 400 novos casos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Mais da metade são diagnosticados tardiamente, reduzindo as chances de cura. “Não podemos nos conformar com uma situação dessas”, diz o oncologista pediátrico Dr. Sidnei Epelman, presidente da TUCCA e líder nacional de oncologia pediátrica da Oncoclínicas.
A TUCCA, associação para o tratamento de crianças e adolescentes com câncer, de famílias de baixa renda, atua em parceria com o Santa Marcelina Saúde, na Zona Leste de São Paulo. A ONG é precursora na conscientização sobre o câncer ocular infantil. Sua primeira campanha “Fotografe seu filho com um flash” foi lançada num congresso sobre o tema em Paris, em 2001, e apresentada em seguida em outro congresso, em Bruxelas. Foi traduzida em mais de dez idiomas e exibida em diversos países. A ideia é simples: o principal sintoma da doença, popularmente chamado de “olho de gato”, é um reflexo branco que surge quando o flash bate nos olhos. Portanto, o primeiro passo para o pré-diagnóstico é fotografar os bebês com flash. O reflexo vermelho indica olhos saudáveis.
Por iniciativa da TUCCA, 18 de Setembro foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma. O objetivo é educar a população e os profissionais de saúde sobre a doença. As estatísticas indicam que mais de 90% dos casos são identificados por pais e cuidadores das crianças e muitas vezes subestimados por profissionais de saúde, daí a importância do alerta.
O Serviço de Oncologia Pediátrica do Santa Marcelina Saúde em parceria com a TUCCA é referência no tratamento do câncer ocular, que é realizado no Centro de Atenção Integral à Criança com Retinoblastoma, localizado em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. O centro conta com uma equipe multidisciplinar especializada, equipamentos de alta precisão e oferece tratamentos modernos como uso de quimioterapia intra-arterial que tem apresentado ótimas respostas entre os pequenos. No início deste ano, um novo equipamento Retcam foi adquirido com importante aporte financeiro do casal Daiana Garbin e Tiago Leifert.
Este ano, o casal Leifert e a TUCCA uniram esforços apoiando mutuamente suas campanhas. Tiago vai estar no lançamento da campanha ao pé do Cristo e no fim de semana, o casal fará outro evento, apoiado pela TUCCA.
Um dos maiores especialistas mundiais no assunto, Dr. Epelman participa ativamente dos fóruns globais e publicações internacionais sobre o tema e explica que o combate à doença tem focos básicos: “O diagnóstico tem de ser precoce, preciso, além disso, é necessário oferecer acesso ao tratamento adequado, imediato e multidisciplinar”, diz.
O bom resultado das campanhas de alerta da TUCCA na redução dos danos do retinoblastoma foram tema de artigo de Sidnei Epelman no livro Global Perspective in Ocular Oncology (Bhavna V. Chawla e Mary E. Aron, editado pela Springer), comprovando que o diagnóstico precoce é essencial, porém os resultados dependem do início imediato do tratamento em um centro especializado.
O acesso ao tratamento é uma das bandeiras da TUCCA, exemplo de parceria público privada bem sucedida, com 25 anos de atuação. A associação, que atua junto com o Santa Marcelina Saúde, só atende pacientes encaminhados pelo SUS, não aceita convênios, fornece remédios de alto custo, assistência integral – que inclui cesta básica, serviço odontológico, fisioterapia e reabilitação, entre outras disciplinas. Sem fins lucrativos, é sustentada exclusivamente por doações e eventos culturais promovidos para arrecadar fundos.
Responsável por atingir cerca de 400 crianças por ano no Brasil, o retinoblastoma é o tumor ocular mais comum na infância, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse tipo de câncer pode causar cegueira e até levar à morte. Se diagnosticado precocemente, pode ter cura em até 100% dos casos. A doença atinge, em sua maioria, crianças de 0 a 5 anos, sendo que 90% dos casos ocorrem em crianças com até 4 anos de idade.
O retinoblastoma é um tumor maligno que se desenvolve na retina e pode ser hereditário ou não. A doença ainda pode ser congênita ou manifestar-se nos primeiros anos de vida das crianças e afetar os dois olhos ou apenas um deles. Se forem bilaterais, os casos são sempre hereditários. Atualmente, cerca de 50% dos casos diagnosticados no país são identificados tardiamente, o que reduz as chances de tratamento e cura do tumor.
O principal sintoma é a leucocoria, presente em 90% dos casos diagnosticados. A leucocoria é caracterizada por um reflexo branco na pupila, conhecido como reflexo do olho de gato. Essa mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa está incidindo sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz. Sem a passagem de luz, as vias óticas para o centro da visão no cérebro não se desenvolvem e atrofiam.
Esse reflexo branco, muitas vezes, só é notado sob luz artificial, quando a pupila está dilatada, ou em fotos, quando o flash bate sobre os olhos. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho. Outros sintomas que podem aparecer são estrabismo, vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão e dor ocular.
Apesar de o principal sintoma ser a leucocoria, o seu aparecimento significa que a doença já está em estágio avançado e as chances de salvar o olho da criança serão menores. Antes disso, a criança já pode apresentar como sintoma sensibilidade à luz (fotofobia) ou um desvio ocular, por exemplo, estrabismo. Por isso, é extremamente importante que, ao perceberem qualquer anormalidade nos olhos do filho, os pais procurem um médico o quanto antes.
diagnóstico precoce do retinoblastoma é pré-requisito básico para o sucesso do tratamento. Ele pode ser realizado pelo neonatologista ainda na maternidade, ou nos exames de rotina pelo oftalmologista nos primeiros anos de vida da criança, utilizando o Teste do Reflexo Vermelho. O levantamento do histórico familiar, o exame de fundo do olho e o ultrassom fornecem elementos importantes para confirmar o diagnóstico.
O teste do olhinho deve ser realizado logo após o nascimento do bebê e periodicamente até os cinco anos, faixa etária mais atingida pela doença. O teste é simples e pode detectar qualquer alteração visual, levantando a suspeita da existência de um tumor, que pode ser confirmado pelo exame de fundo de olho. Além do retinoblastoma, o exame pode detectar outras doenças, como catarata e glaucoma congênito, cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo adequado.
Na maioria dos casos, o retinoblastoma é uma doença curável. A quimioterapia, a radioterapia e o tratamento oftalmológico e a laser têm mostrado bons resultados. Em alguns casos, infelizmente, é preciso recorrer à enucleação, isto é, à retirada cirúrgica do globo ocular.
Referência internacional no tratamento do retinoblastoma, o Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina mantém, em parceria com a TUCCA, um Centro de Atenção Integral à Criança com Retinoblastoma equipado com aparelhos de última geração e que oferece opções terapêuticas de ponta, como a quimioterapia intra-arterial, uma técnica minimamente invasiva, que permite a administração de doses muito menores de medicamentos e, consequentemente, menos efeitos colaterais.
O oncologista pediátrico e presidente da TUCCA, Dr. Sidnei Epelman, explica que o objetivo dessa técnica é conseguir salvar o olho do paciente. “É um privilégio ter a possibilidade de conseguir não só curar, mas salvar o olho da criança. O tratamento padrão é a enucleação (retirada do olho), mas com a quimioterapia intra-arterial podemos, em alguns casos, salvar o olho e a visão da criança”.
Histórico da Campanha Nacional de Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma
Com o mote “Fotografe seu filho com flash”, em setembro de 2001, foi lançada a Campanha Nacional de Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, que foi apresentada no Congresso de Retinoblastoma, em Paris, e no INCTR (International Network for Cancer and Treatment Research), em Bruxelas.
A ideia, da campanha, é mostrar que uma simples foto pode revelar a doença, já que o olho afetado aparece com uma mancha branca, reflexo do próprio tumor. De lá para cá, a campanha teve grande repercussão tanto fora quanto dentro do Brasil. O filme elaborado para divulgar a campanha, com 30 segundos de duração, já foi traduzido para mais de dez idiomas – inglês, francês, espanhol, italiano, árabe, hindu, alemão, hebraico, suaíli e tagalog. Além disso, foram disponibilizados materiais para oftalmologistas, pediatras e pro público em geral.
A TUCCA vai lembrar o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma com ação que valoriza o sentido mais afetado pela doença: a visão. Durante dez minutos, no dia 18 de setembro, alguns dos principais pontos turísticos e monumentos do país, como o Cristo Redentor, terão suas luzes apagadas simultaneamente.
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