LABORATÓRIO DE PATOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR

Estudos científicos comprovam que pacientes com câncer tratados em centros oncológicos de referência apresentam melhor prognóstico do que aqueles atendidos em hospitais que não oferecem um serviço oncológico devidamente organizado, estruturado e capacitado. A qualidade do diagnóstico é fundamental para aumentar as chances de sucesso do tratamento de crianças e adolescentes com câncer.

O diagnóstico preciso e individualizado permite um tratamento mais adequado, o que se relaciona diretamente com maiores chances de cura e, além disso, com melhoria na qualidade de vida após a terapia oncológica. Com base nesse conhecimento, hoje os países desenvolvidos são capazes de alcançar taxas de sobrevida global para alguns tipos de câncer próximo aos 100%. Este cenário animador, entretanto, não é reproduzido da mesma forma em países como o nosso, em especial para a população assistida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A partir disso, a TUCCA, em parceria com a FASM (Faculdade Santa Marcelina), mantém o primeiro laboratório da região Leste da cidade de São Paulo, que oferece exames de biologia molecular. Com esta estrutura, a equipe médica estabelece um planejamento individualizado para cada paciente e, consequentemente, obtém melhores resultados.

Meduloblastoma

O meduloblastoma, o tumor cerebral maligno mais comum da infância e que compreende um grupo biologicamente heterogêneo de tumores embrionários do cerebelo. Atualmente é tratado com ressecção segura máxima, quimioterapia e radiação crânio-espinhal. Apesar dessa terapia multimodal agressiva, aproximadamente 30% dos pacientes eventualmente sucumbem à doença, e os sobreviventes enfrentam os efeitos colaterais de longo prazo do tratamento, que têm impactos significativos em sua qualidade de vida.

O meduloblastoma é responsável por aproximadamente 20% de todos os tumores cerebrais infantis e 63% dos tumores embrionários intracranianos. Esses tumores podem surgir durante a infância e na idade adulta com uma incidência anual geral de aproximadamente 5 casos por 1 milhão na população pediátrica.

Os avanços nas técnicas moleculares, permitiram uma caracterização mais refinada de vários tipos de tumores cerebrais, o que gerou a modificação nos critérios de classificação patológica da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2016, dada a relevância biológica e prognóstica de vários subtipos antes não reconhecidos.

Atualmente é consenso que a classificação molecular dos meduloblastomas nos subtipos WNT, Sonic Hedgehog (SHH), Grupo 3 e 4, é capaz de separar pacientes com características epidemiológicas, biológicas e prognósticas distintas, justificando, inclusive, modificações na intensidade de tratamento em algumas situações (Northcott et al.  Expert Rev Neurother. 12(7): 871–884, 2012). Sendo o grupo WNT de melhor prognóstico  e o grupo 3 de pior, principalmente quando associado a amplificação do c-MYC. Além de vitais para estratificação mais acurada dos pacientes, essa classificação permite a elaboração de estudos clínicos mais refinados e o desenvolvimento de novas terapias baseadas em alvos moleculares.

Durante os anos de 2018 e 2020 o Núcleo Avançado de Pesquisa em Oncologia, iniciativa conjunta do Serviço de Oncologia Pediátrica do Santa Marcelina Saúde e da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer – TUCCA, concentrou esforços para a implantação e acesso à classificação molecular dos meduloblastomas em amostras provenientes de instituições de diversos estados brasileiros e da América Latina.

O Serviço oferece à classificação molecular por meio do estudo prospectivo “PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DO MEDULOBLASTOMA DE ACORDO COM ESTRATIFICAÇÃO MOLECULAR DE RISCO”, coordenado pelo Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e aprovado pelo CONEP em setembro de 2020. O principal objetivo deste protocolo é uniformizar o tratamento de todos os pacientes brasileiros portadores de meduloblastoma, promovendo revisão centralizada de imagens radiológicas, anatomia patológica, além da classificação molecular atualmente aceita pela OMS à todas as instituições participantes. Atualmente há 27 instituições, do Brasil e da América Latina inscritas no referido protocolo.

Sendo assim, por meio de uma abordagem laboratorial bastante completa, pretendemos estabelecer um método simples e acessível para a classificação molecular e estratificação de risco dos meduloblastomas que poderá abrir novas perspectivas para o diagnóstico, classificação e tratamento da doença, impactando positivamente na qualidade de vida e índices de cura dos pacientes oncológicos pediátricos.

Esse trabalho acontece em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e com supervisão do Dr. Sidnei Epelman, Coordenador do Grupo Cooperativo Brasileiro (SOBOPE), Presidente da TUCCA e Diretor do Serviço de Oncologia Pediátrica do Santa Marcelina Saúde.

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